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O EAD vai substituir a sala de aula?

Faz tempo que estudo não é mais sinônimo de sala de aula. Com o avanço da tecnologia, o Ensino a Distância (EAD) tem se mostrado uma alternativa cada vez mais viável para quem busca formação acadêmica ou profissional.

Não que essa modalidade tenha surgido com a internet. De fato, cursos por correspondência existem desde o século 18. Porém, foi a partir de 2004 que as classes on-line ganharam força no Brasil, impulsionadas pela demanda.

A titulação em nível superior passou a ser exigida por lei para a formação de novos professores. Como não havia faculdades suficientes para atender áreas rurais ou comunidades isoladas, a web se tornou um meio de encurtar a distância geográfica.

Hoje, porém, EAD vai além da graduação. Até mesmo empresas firmam parcerias com instituições de ensino para garantir a qualificação de seus colaboradores.

A ascensão do EAD

O computador e o tablet têm um grande potencial para serem ferramentas de educação. Basta conferir a popularidade dos tutoriais no YouTube. O público aprende dicas de maquiagem, passo a passo para conserto de móveis e o que mais for necessário.

Quando se trata de ensino formal, os números seguem essa tendência. Em 2016, as matrículas em cursos de graduação brasileiros na modalidade EAD aproximaram-se de 1,5 milhão, segundo o Censo da Educação Superior. O número equivale a 18,6% dos 8,05 milhões de universitários no país. Para se ter um comparativo, em 2006, apenas 4,2% dos graduandos brasileiros estudavam a distância, frente a 95,8% de alunos em cursos presenciais.

Em paralelo, os cursos de extensão on-line também despontam como possibilidades. O caráter concentrado – poucos encontros distribuídos ao longo de um curto período – atrai gente interessada numa especialização, mas sem tempo disponível para um MBA.

De acordo com o Pew Research Center, 23% dos norte-americanos com Ensino Superior já fizeram algum curso a distância. Esse percentual salta para 46% entre os recém-graduados. Em outro levantamento, a HubSpot constatou que:

75% dos profissionais preferem aprender novas habilidades por meio de vídeos on-line;

68% dos entrevistados confiam em plataformas de ensino digitais;

62% confiam em experts e influencers.

Ainda conforme a HubSpot, a falta de tempo é o maior desafio para 76% dos profissionais que pretendem continuar se aperfeiçoando. Isso acaba sendo um problema não só para eles, como para os empregadores, já que uma equipe qualificada representa um diferencial competitivo para a companhia.

Sendo assim, é natural que muitas organizações se animem com o potencial do EAD. Elas podem investir em seus funcionários sem que eles sejam deslocados para uma sala de aula. Cada aluno segue a formação no seu próprio ritmo, quando tem tempo livre, de modo que o curso não interfira nas tarefas de trabalho.

Tendências para a Educação a Distância

A flexibilidade de horários e o encurtamento das distâncias geográficas permitem a um estudante de EAD acessar o conteúdo das aulas em qualquer lugar. Pode ser em casa, no aeroporto ou no hotel, durante uma viagem profissional.

Porém, essas não são as únicas vantagens. Outros motivos levam à popularização desse modelo de ensino. Aqui vão três deles:

  1. Tecnologia

O casamento entre educação e tecnologia é conhecido como EdTech. Trata-se, em linhas gerais, do que as fintechs fizeram com o mercado financeiro: nada menos que uma revolução no modo como as pessoas utilizam esses serviços.

O EAD se tornou mais eficiente e democratizou o acesso a ensino de qualidade. Muito disso se dá porque, hoje, há interfaces mais amigáveis, que funcionam em qualquer laptop ou smartphone.

Inclusive, os dispositivos móveis são a preferência da Geração Z – justamente as pessoas que estão se preparando para o mercado de trabalho. Nesse contexto, aulas em plataformas digitais são uma escolha óbvia para empresas que queiram investir no treinamento de seus colaboradores.

Relatório conjunto da EdTechXGlobal e da IBIS Capital aponta que, até 2020, a indústria de EdTech renderá 20 bilhões de dólares. Trata-se de uma expansão que pode atender tanto às instituições de ensino quanto a setores específicos da economia, com cursos direcionados.

  1. Alta especialização

No início, o ensino a distância se restringia a uns poucos cursos de graduação. Ainda hoje, as opções mais procuradas no Brasil são as faculdades de Pedagogia, Administração e Serviço Social, nomes pioneiros do ramo. Esses dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e do Ministério da Educação (MEC).

Felizmente, o cenário se modificou em pouco tempo. Com o aumento da confiança do público – e, consequentemente, da credibilidade do EAD –, novas frentes caíram no gosto popular.

Entre elas, estão os cursos avançados. Não é raro encontrar opções de MBA e até disciplinas de mestrado on-line. A oferta permite que estudantes de outros estados (ou mesmo países) possam obter uma formação de qualidade sem realizar longos deslocamentos.

Pense só: muitos profissionais são especialistas em determinada área. Eles não têm meios para retornar aos bancos escolares e continuar sua formação. Geralmente, não há especializações nas redondezas, devido à baixa procura, e o sujeito não pode largar o emprego para viver em outra região.

Já a estrutura de um curso EAD é enxuta, se comparada à de uma escola física com carteiras e quadro negro. Assim, um docente que seja referência naquele campo pode ministrar aulas a qualquer profissional interessado, onde quer que os alunos estejam.

  1. Habilidades profissionais

Como já mencionamos, o ensino a distância vale tanto para formação acadêmica quanto para qualificação profissional. Que o digam os grandes players do mercado.

A Starbucks é um exemplo. Em parceria com a Arizona State University, dos Estados Unidos, a rede de cafeterias oferece reembolso para funcionários que atendam às aulas on-line.

O interessante é que, dependendo do segmento de atuação da empresa, podem-se oferecer cursos direcionados. Talvez a loja careça de um treinamento em abordagens de vendas, ou em gestão de pessoas, por exemplo. A grade curricular e a carga horária podem ser moldadas conforme as necessidades do negócio.

E isso não se restringe às habilidades técnicas. Workshops de curta duração podem desenvolver soft skills como ética, liderança e motivação pessoal – características altamente valorizadas no ambiente corporativo.

O EAD vai substituir a sala de aula, afinal?

Cabe salientar que a educação on-line é um território bastante vasto. Cada instituição oferece seus diferenciais, assim como acontece no mundo off-line. Desse modo, a marca deve encontrar sua identidade, ou seja, seu posicionamento em relação à concorrência. Questões como expertise e reputação são importantes para captar alunos.

Em acréscimo, é preciso saber estabelecer comunicação com o corpo discente. Afinal, não se trata de um estrato social delimitado, como “jovens de classe média de Porto Alegre”. Dependendo do caso, os colegas de classe nem sequer interagem entre si pessoalmente. Há um desafio a mais para instituições que queiram entrar nesse mercado.

Entre as turmas, esse certo nível de isolamento pode ser driblado com ferramentas de chat e com fóruns. Os instrumentos permitem a formação de grupos de estudos a distância, por exemplo. De todo modo, haverá momentos em que o encontro face a face renderá uma experiência mais produtiva.

O vice-presidente da HubSpot Academy, Mark Kilens, acredita que EAD e sala de aula conviverão harmoniosamente. Para ele, a melhor combinação é o treinamento em vídeo somado a alguns workshops e atividades presenciais. É a chamada sala de aula invertida: o aluno tem acesso ao conteúdo em casa e, quando chega no encontro com a turma, realiza uma dinâmica para testar os conhecimentos adquiridos.

De qualquer forma, o EAD já causou forte impacto. Universidades renomadas, como Harvard e MIT, mantêm cursos on-line. O mesmo vale para gigantes da tecnologia, como IBM, Google e Microsoft. Ou seja, esse é um modelo de sucesso e que conquista cada vez mais adeptos.

Talvez leve um tempo até que as salas físicas sumam por completo, se é que isso vai acontecer. Enquanto esse dia não chega, o melhor que as instituições têm a fazer é oferecer cursos que agreguem valor ao público. Do contrário, provavelmente ficarão para trás.

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